Uma investigação dos National Institutes of Health, Estados Unidos, com o apoio da National MS Society, descobriu que certas lesões cerebrais estão estreitamente ligadas a formas mais graves da Esclerose Múltipla. Estes resultados são um importante contributo para o desenvolvimento de novos tratamentos especificamente direcionados a essas lesões cerebrais, para impedir a progressão da Esclerose Múltipla.

A equipa, liderada por Daniel Reich, usou o poderoso scanner de ressonância magnética 7-Tesla (que permite aos investigadores ver com maior detalhe áreas muito menores do cérebro) para acompanhar a evolução das lesões cerebrais provocadas pela Esclerose Múltipla ao longo do tempo.

Estudos anteriores tinham reportado que as lesões que sofreram regeneração natural perdem a borda distinta que as rodeia. Algumas lesões têm bordas persistentes de inflamação “latente”, que parecem indicar danos nos tecidos que não foram reparados.

Neste estudo, a equipa analisou lesões que tinham ou não essas bordas em 192 pessoas com Esclerose Múltipla. Indivíduos que tiveram quatro ou mais lesões com as referidas bordas foram mais propensos a desenvolver Esclerose Múltipla Progressiva, a experienciar problemas precoces de mobilidade, dificuldades cognitivas e mais perda de volume do tecido cerebral.

As bordas apareceram nos pacientes independentemente de terem ou não recebido tratamento com terapias modificadoras da doença. Estes resultados reforçam a necessidade de desenvolver novos tratamentos que possam combater a inflamação latente no cérebro para impedir a progressão da doença.

É de destacar o facto de a equipa ter colocado à disposição da comunidade médica e científica um programa que permite a identificação de lesões latentes com scanners de ressonância magnética menos potentes, habitualmente usados ​​em clínicas. Esta pode ser uma ferramenta importante para análises em futuras investigações e ensaios clínicos.

Informação gentilmente cedida pela MS National Society.

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