Distinção é sinal de credibilidade e visibilidade do trabalho que a Sociedade tem desenvolvido durante a sua existência ao serviço das pessoas com Esclerose Múltipla.

Os vencedores da 8.ª edição dos Prémios Saúde Sustentável foram conhecidos no passado dia 21 de novembro. A Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla venceu na categoria de “Projetos Integrados Especiais” com o SICaSA.

O objetivo deste projeto é sinalizar, recapacitar e reintegrar os doentes na sociedade. Para isso, a SPEM disponibiliza uma equipa multidisciplinar que faz apoio social, domiciliário, psicológico, de nutrição, fisioterapia e um conjunto de atividades ocupacionais.

A SPEM, que já foi reconhecida por este centro integrado e diferenciado, pretende criar um registo nacional de pessoas com esclerose múltipla em 2020 e replicar este modelo inovador a outras doenças raras e do cérebro, que já permitiu que dezenas de doentes saiam diariamente do isolamento e algumas voltassem a trabalhar.

Para Paulo Gonçalves, vice-presidente da SPEM, este prémio “é o reconhecimento do trabalho desenvolvido pela Sociedade nos últimos 35 anos, evidenciando a credibilidade e a visibilidade da instituição. Este é, para nós, um incentivo para continuarmos a fazer melhor.”

O Prémio “Saúde Sustentável” é uma iniciativa que tem como objetivo distinguir e premiar entidades “que se tenham destacado por promover e implementar iniciativas de sustentabilidade com impacto tangível na saúde”.

De mais de 100 candidaturas, o júri selecionou 15 projetos finalistas. Concorreram a esta iniciativa várias entidades, individuais e coletivas públicas, privadas e do setor social, prestadoras de cuidados de saúde primários, hospitalares e continuados, farmácias, associações, entre outras.

Para além da SPEM, foram distinguidas a Unidade de Saúde Familiar da Baixa de Lisboa (na categoria de Cuidados Primários), o Hospital Dr. Francisco Zagalo em Ovar (Cuidados Hospitalares), a Santa Casa da Misericórdia de Póvoa de Lanhoso (Cuidados Continuados) e a Associação Prevenir (na categoria de Prevenção e Promoção da Saúde).

Para além destes prémios, foram apresentadas várias menções honrosas na área de caráter inovador, responsabilidade ambiental, sustentabilidade económica, experiência do cidadão, reabilitação domiciliária e o Prémio Personalidade foi atribuído à professora Catarina Resende de Oliveira.

O evento, que contou com o Alto Patrocínio da Presidência da República, foi organizado pelo Jornal de Negócios e a farmacêutica Sanofi, em parceria com a Everis, empresa responsável pelo desenvolvimento da metodologia de avaliação.

Saúde e revolução digital nos serviços públicos

A cerimónia de entrega dos Prémios Saúde Sustentável decorreu no Museu do Oriente. Além dos projetos vencedores nas várias categorias a concurso, decorreu uma conferência sobre a “e-Health Revolution” (revolução digital na saúde).

A sustentabilidade e a melhoria dos cuidados de saúde passam pela utilização das tecnologias e pode ser a chave para a eficiência e a otimização de um setor em que os recursos são escassos e limitados. A ideia foi transmitida durante a entrega dos prémios pelo secretário de Estado da Transição Digital, André de Aragão Azevedo.

Pedro Pina, vice-presidente da Google, apresentou vários projetos da Google Health, que procura soluções tecnológicas radicais para problemas nos cuidados de saúde e para os quais a tecnologia pode dar um suporte importante.

À apresentação de Usman Khan, diretor executivo do Fórum Europeu do Doente, que antecipou o modo de vida dos doentes num mundo virtual, seguiu-se um debate em mesa redonda com os ex-ministros da Saúde, Adalberto Campos Fernandes e Maria de Belém Roseira e o administrador do SPMS, Artur Mimoso.

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