A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica, autoimune, inflamatória e degenerativa, que afeta o Sistema Nervoso Central. Afeta particularmente a mielina (uma bainha que rodeia, alimenta, protege e isola eletricamente as extensões dos neurónios permitindo a rápida transmissão de impulsos).
O mecanismo da doença assenta num erro do sistema imunitário que leva a que a mielina seja considerada como um corpo estranho e seja atacada. A EM manifesta-se de diferentes formas pelo que cada diagnóstico é único. As formas conhecidas da doença são:
A diversidade de sintomas e a ausência de indicadores específicos dificultam o diagnóstico. Este é feio com base na observação de sintomas clínicos, imagens de ressonância magnética que permitem visualizar as lesões (cicatrizes das zonas de ataque à mielina/ inflamação) e elementos biológicos: análises do líquido cefalorraquidiano (que envolve o sistema nervoso central) recolhido por punção lombar.
A doença surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos de idade, ou seja, entre os jovens adultos. Afeta com maior incidência as mulheres. Estima-se que em todo o mundo existam cerca de 2.500.000 pessoas com EM (dados da Organização Mundial da Saúde) e em Portugal mais de 8.000 (Gisela Kobelt, 2009).