O Lemtrada (Alemtuzumab) deve ser restrito a pessoas com EM remitente recorrente (forma surto-remissão) altamente ativa, de acordo com uma revisão realizada pelo Comité de Segurança de Medicamentos da Agência Europeia do Medicamento (EMA).
A EM remitente com recidiva altamente ativa cobre as pessoas que continuam a ter recaídas, apesar de tomar pelo menos um medicamento modificador da doença ou se a EM progredir rapidamente com pelo menos duas recaídas incapacitantes num ano e as ressonâncias magnéticas mostrarem nova atividade da EM. Além disso, o Lemtrada não deve ser usado em pessoas com certos problemas cardíacos, circulatórios ou hemorrágicos ou em pessoas com outros distúrbios auto-imunes que não a EM.
Deste modo, por indicação da EMA e do Infarmed, recomenda-se aos profissionais de saúde que este medicamento esteja contraindicado em doentes com:
- infeções graves ativas até completa resolução;
- hipertensão arterial não controlada;
- história de angina de peito ou enfarte do miocárdio;
- história de acidente vascular cerebral;
- história de dissecação arterial cérvico-cefálica;
- coagulopatia conhecida no tratamento com anticoagulantes ou antiplaquetários;
- outras doenças autoimunes concomitantes, além da esclerose múltipla.
As recomendações também incluem novas medidas para identificar e tratar problemas que podem ocorrer após a administração do Lemtrada.
No início deste ano, a EMA iniciou a sua revisão de Lemtrada após relatos de efeitos secundários que afetavam o sistema cardiovascular, fígado e sistema imunológico. Esses efeitos colaterais são raros, mas potencialmente graves.
Relembre-se que é fundamental notificar todas as suspeitas de reações adversas ao Sistema Nacional de Farmacovigilância, através do Portal RAM.
Consulte a nota informativa do Infarmed. Se subsistir qualquer dúvida, questione o seu neurologista.
Fonte: MS Trust e Infarmed