O EM’laço Itinerante é um projeto da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla, implementado durante o ano de 2020, que pretendeu responder às necessidades da Pessoa com Esclerose Múltipla (PcEM) residente em meio rural, através do digital, nomeadamente, através de vídeo conferências. Os resultados do projeto foram obtidos através de observação não participante, entrevista e questionários de satisfação respondidos pelos beneficiários durante o ano de 2020. O projeto contou com o apoio do BPI e da Fundação “la Caixa”.
Objetivo principal
Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da PcEM no seu domicílio.
Operacionalização
Este projeto possibilitou, num primeiro momento, o fornecimento de equipamento informático a beneficiários com essa necessidade, bem como, formação na área digital, visando a capacitação dos envolvidos na área dos meios de comunicação. Numa segunda fase, os beneficiários trabalharam, em conjunto com a equipa multidisciplinar alocada ao projeto, várias vertentes da sua vida como reabilitação (fisioterapia), saúde mental (psicologia), estimulação cognitiva (animação sociocultural) e área social (serviço social) sem saírem do seu domicílio, através de vídeo conferência. Foram ainda mantidos contactos frequentes por e-mail e chamada telefónica entre técnicos e beneficiários, de forma a proporcionar uma melhor intervenção.
Caracterização dos beneficiários
O projeto abrangeu um total de 31 PcEM, das quais 12 são do sexo masculino e 19 do sexo feminino.
A intervenção centralizou-se em pessoas adultas. 30 beneficiários tem idade compreendida entre os 36 e os 65 anos e apenas 1 tem mais de 65 anos.
Todos os beneficiários do EM’laço Itinerante residem em zonas rurais de Portugal. Em termos de Distrito de residência, 6 são de Coimbra, 9 de Leiria, 7 de Viseu, 2 de Évora, 3 de Beja, 3 de Santarém e 1 do Porto.
Média de intervenções
Síntese de Resultados
Dos principais resultados obtidos, destaca-se o impacto positivo que o EM’laço Itinerante teve na vida dos beneficiários em fase de pandemia, sendo que, o projeto contribuiu para a diminuição do isolamento social.
Relativamente à satisfação nos acompanhamentos das várias especialidades, verificou-se que a maioria dos beneficiários ficaram muito satisfeitos com os serviços prestados.
O EM’laço Itinerante contribuiu igualmente para melhorar o conhecimento informático dos participantes.
Por último, destaca-se a manifestação da intenção dos beneficiários em continuar a participar nas atividades do Projeto EM’laço Itinerante.
No geral, a avaliação do projeto é positiva e de grande impacto na vida das pessoas com Esclerose Múltipla residentes em zonas rurais do país.
Nesse sentido, a SPEM deu início ao Projeto EM’Rede no ano de 2021 permitindo dar continuidade ao EM’laço Itinerante, mantendo os mesmos beneficiários, incluindo outras PcEM residentes noutras zonas do país, rurais e urbanas.