EMOS é o nome do projeto que inclui um ensaio clínico sobre os benefícios da Osteopatia na Esclerose Múltipla. A SPEM, Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla juntamente com a Escola Superior de Saúde Jean Piaget, em Silves, e a Associação Independente de Osteopatia é parceira deste estudo, liderado pelos osteopatas Joana Santos-Novo, Sofia Caeiro e Prof. Dr. Alexandre Nunes.
Analisar os “Efeitos da técnica de libertação miofascial diafragmática osteopática na melhoria da função respiratória na Esclerose Múltipla” é o objetivo deste ensaio que durante 6 meses irá aplicar um estudo, uma vez por semana, através de 8 sessões, a 20 participantes com diagnóstico de Esclerose Múltipla e idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos.
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória, crónica e neurodegenerativa do sistema nervoso central, com alterações motoras, entre outras. Neste campo existe uma “hipotonia a médio e longo prazo, mas os principais músculos afetados são os respiratórios, quer em estadio primário progressivo, quer em estadio secundário progressivo”, é fundamentado no resumo do projeto.
As complicações respiratórias, como consequência desta fraqueza, são uma das principais complicações na EM, sendo que “alguns estudos demonstram que as técnicas osteopáticas são benéficas apenas em populações que não apresentam condições degenerativas muito avançadas, mas seria inovador aplicá-las em patologias neurodegenerativas de sintomatologia comum” defendem os autores do projeto.
O procedimento a ser aplicado inclui toda a avaliação da oximetria, espirometria, cirtometria e aplicação da técnica com a duração de trinta minutos, uma vez por semana, durante oito semanas com um follow-up de 3 meses. Os parâmetros serão medidos antes da intervenção, após a intervenção e em follow-up.
