Apelo para um maior apoio da classe política regional
Marla Jasmins, coordenadora da delegação da SPEM na Madeira, reuniu-se no dia 6 de fevereiro com o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, sensibilizando para a necessidade de incluir a esclerose múltipla (EM) na agenda política, solicitando mais apoio médico, farmacológico e social para uma doença difícil de diagnosticar e que acaba por ser incapacitante para a maioria dos pacientes.
Em informação enviada à Comunicação Social, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira (ALRAM) destacou as palavras de Marla Jasmins que afirmou que o encontro pretendeu “sensibilizar a comunidade parlamentar”, de modo a “colmatar as necessidades existentes” até ao “nível de um apoio social mais adequado”.
Na Madeira existem 200 doentes diagnosticados com EM, sendo que 450 pessoas aguardam por uma consulta para despiste da doença. 75% dos portadores de EM são mulheres e a medicação é disponibilizada de forma gratuita.
Marla Jasmins alertou, ainda, para o facto de, na Região Autónoma da Madeira (RAM), existir um único neurologista dedicado a estes doentes, o que contribui para um atraso no diagnóstico, com todas as consequências adversas que daí advêm, designadamente ao nível da qualidade de vida e da capacidade produtiva destes doentes, apesar de considerar “excelente” o trabalho da equipa que vem acompanhando os portadores de EM na Madeira.
A reunião com o Presidente do Parlamento madeirense contou com a participação do Presidente da SPEM. Alexandre Silva pediu mais atenção da sociedade civil (políticos e empregadores) para uma doença que “inflige não uma, mas várias deficiências nos seus portadores, o que, muitas vezes, se traduz num percurso rumo à pobreza”, e pediu, por isso, uma maior convergência “entre os setores da saúde e da segurança social” num maior apoio a estes doentes.
No mesmo Comunicado, a ALRAM acrescenta que o seu Presidente vai enviar aos diferentes grupos parlamentares um “resumo técnico da reunião com as questões colocadas pela SPEM”.