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Estudo põe travão no avanço da EM

By 2021-04-25 No Comments

É mais um passo na luta contra a Esclerose Múltipla (EM). A revista norte-americana Science publicou recentemente uma investigação com resultados animadores, que poderão colocar um travão no avanço da doença

 

Neste estudo, foi utilizada a mesma técnica empregue no desenvolvimento da vacina contra a Covid19: o ARN mensageiro. Pegando neste método, os investigadores trataram ratos portadores de encefalomielite autoimune experimental (EAE). Numa primeira fase, chegaram à conclusão que os danos causados pela doença podem estagnar e, posteriormente, descobriram que o tratamento pode mesmo reverter a doença.

“Doenças autoimunes como a EM representam condições em que o sistema imunitário funciona mal e ataca tecidos ou células saudáveis do corpo. Na EM, a inflamação causa a destruição da bainha protetora de mielina que cobre as fibras nervosas. Este dano perturba a capacidade de transmitir sinais entre as células nervosas e o tecido alvo resultando numa gama de sintomas neurológicos, sensoriais e motores que podem diferir muito entre indivíduos”, explicou a BioNtech, umas das empresas envolvidas na investigação.

Sendo a EM uma doença que se manifesta nos humanos de forma semelhante à EAE nos animais, os cientistas entendem que os resultados encontrados neste estudo poderão fazer a diferença no tratamento da EM.

Em todos os modelos de ratos EAE investigados, a vacina foi capaz de prevenir doenças sintomáticas ou, em ratos com doença em fase inicial, reduzir ainda mais progressão da doença e restauração das funções motoras”, adiantou a mesma organização.

Outro resultado relevante foi o facto de o ARN introduzido ter apenas regulado a resposta imune, sem suprimir toda a imunidade, como ocorre com alguns tratamentos usados atualmente.

Esta publicação representa os resultados de um estudo colaborativo de cientistas da BioNTech, da TRON – Translational Oncology at the University Medical, do Instituto de Medicina Molecular do Centro Médico da Universidade de Johannes Gutenberg, da Universidade Mainz e do Centro de Investigação em Imunoterapia (FZI) da Universidade Johannes Gutenberg Mainz.

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