No passado dia 2 de junho, a SPEM juntou-se a mais quatro associações de doentes – a Alzheimer Portugal, a Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson, a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA) e a MiGRA Portugal – Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleia – para assinarem, em conjunto, um protocolo, que visa contribuir para um maior apoio a estes doentes e uma partilha de serviços que será útil para todos. Esta assinatura decorreu no Espaço Saúde em Diálogo, “um espaço criado a pensar na promoção da saúde e prevenção da doença onde se encontra acompanhamento especializado e melhores condições no acesso aos cuidados de saúde”, como podemos ler no site do espaço.
O protocolo tem como principais objetivos “estreitar relações institucionais, partilhar informação, promover eventos conjuntos, capacitar profissionais e partilhar serviços que beneficiem todos os seus associados e utentes”, lê-se em comunicado da Alzheimer Portugal.
Apesar de todas estas associações atenderem pacientes com necessidades diferentes, todas elas lidam com doenças do cérebro e com pessoas que precisam de um apoio continuado e de serviços que lhes permitam viver com uma melhor qualidade de vida. Para Teresa Moreira, Diretora Executiva da APELA, o objetivo deste protocolo “ é fundir o trabalho de todas [associações] para podermos ajudar mais doentes e sermos capazes de estar mais presentes”. A possibilidade de “partilha de conhecimentos, de fazer eventos” são algumas das vantagens que vê na união destas associações.
Para Alexandre Guedes da Silva, Presidente da SPEM, “a necessidade de chegar a mais pessoas, de partilhar conhecimento e boas-práticas, ser mais eficiente, sempre com foco nas pessoas cuidadas e apoiando quem cuida, leva-nos a esta iniciativa que, sem aumento de custos, com continuidade na melhoria e grande dedicação, une-nos na obrigação de contribuir para a eficiência de apoiarmos mais e para a eficácia de o fazer racionalizando recursos”.
Manuela Morais, Presidente da Direção Nacional da Alzheimer Portugal, acredita que, após a assinatura do protocolo “poderemos chegar a muito mais pessoas, encaminhando-as para outras associações ou dando nós próprios os apoios, consoante as necessidades dos doentes”.
Para Ana Botas, Presidente da APDPk, “o maior desafio vai ser integrar [as pessoas das outras associações] na nossa estrutura, porque todos nós possuímos estruturas diferentes”.
As cinco associações mostraram-se muito positivas em relação ao trabalho que têm pela frente e empenhadas em unir esforços e recursos, que serão da maior utilidade para todos os doentes e envolvidos.