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Osteopatia e Esclerose Múltipla

By 2023-05-05 Maio 8th, 2023 No Comments

Projeto EMOS

Nos últimos três anos, duas osteopatas, Joana Santos-Novo e Sofia Caeiro, licenciadas pela Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa de Lisboa, desenvolveram um trabalho multidisciplinar para a promoção de qualidade de vida de doentes com Esclerose Múltipla (EM). Esta doença afeta dois milhões de pessoas em todo mundo, com predominância no género feminino e idades compreendidas entre 25 e 35 anos.

Que benefícios traz a osteopatia a esta doença neurodegenerativa tão rara?

Traz bastantes benefícios! Os sinais e sintomas desta condição, como os tremores, a espasticidade, as alterações vasculares, os distúrbios da marcha, a alteração da visão, entre outros, bem como as fraquezas emocionais que podem resultar em diversas alterações vesico-genitais, como a incontinência, a disfunção sexual ou os sintomas psicológicos, podem ser desacelerados e melhorados com a osteopatia, diminuindo ainda a dor crónica dos mesmos.

A Esclerose Múltipla caracteriza-se por uma alteração da interpretação da mensagem neurológica. Ou seja, o neurónio (a unidade básica do sistema nervoso) é constituído por bainhas de mielina que vão sendo destruídas. Por sua vez, dá-se a degeneração do axónio da célula nervosa (corpo da unidade básica do sistema nervoso), provocando por consequência lesões em todos os sistemas.

O que é o projeto EMOS?

O EMOS (EM – Esclerose Múltipla e OS – OSteopatia) foi criado com base no estudo científico com o nome Ensaio Clínico Randomizado Cego-simples – Efeitos da técnica de libertação miofascial diafragmática osteopática na melhoria da função respiratória na Esclerose Múltipla.

A SPEM associou-se a este projeto, que inclui um ensaio clínico sobre os benefícios da Osteopatia na Esclerose Múltipla. Juntamente com a Escola Superior de Saúde Jean Piaget, em Silves, e a Associação Independente de Osteopatia, a SPEM é parceira deste estudo liderado pelos osteopatas Joana Santos-Novo, Sofia Caeiro e Prof. Dr. Alexandre Nunes.

Este compromisso social…

… distingue-se pelo facto de ser uma técnica que é “não evasiva” e não dolorosa para o doente. Tem como intuito a ativação do músculo diafragma torácico, ponto chave para promover a qualidade de vida no quotidiano.

O ensaio deste estudo é compreendido pela junção de um grupo de 20 pessoas portadoras de EM de grau primário e secundário progressivo.

Mas leitor interroga-se “porque não os restantes estádios da doença, uma vez que existem quatro?” Porque são progressivos e de caráter continuo nos sintomas, enquanto os outros dois são apenas surtos e não se sabe quando irão surgir novamente.

Em suma, pretende-se com este estudo levar às PcEM uma melhor qualidade de vida, podendo traduzir-se num aumento da longevidade.

Quer participar neste estudo?

É necessário cumprir os seguintes critérios:

  1. Ter entre os 18 anos e 60 anos
  2. EM primária ou secundária progressiva
  3. Compreensão perfeita da língua portuguesa, oral e escrita

Caso esteja inserido dentro dos critérios de inclusão e queira fazer parte deste estudo, envie por favor a sua manifestação de interesse para o seguinte email: [email protected].


 

Joana Santos-Novo
Osteopata, Cédula nº C-0032230
[email protected]

 

 

Sofia Caeiro, osteopata
Cédula nº C-00031644
[email protected]

 

 

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