O medicamento Ocrevus (Ocrelizumab) obteve autorização pelo Infarmed para ser utilizado em meio hospitalar em dois tipos de pacientes:

  • Adultos com Esclerose Múltipla por surtos (EMS) com doença ativa;
  • Adultos com Esclerose Múltipla progressiva primária (EMPP) e com características imagiológicas de atividade inflamatória (com agravamento de sintomas).

A substância ativa no Ocrevus, o ocrelizumab, é um anticorpo projetado para reconhecer e atacar certos tipos de glóbulos brancos (chamados de células B), que representam, na Esclerose Múltipla, o ataque às bainhas de mielina, causando inflamação e lesão. O Ocrevus ajuda a reduzir a atividade desses glóbulos brancos e, assim, alivia os sintomas ou retarda o agravamento da doença.

O Ocrevus é administrado através de perfusão numa veia, sendo as duas primeiras perfusões com duas semana de intervalo e as restantes de 6 em 6 meses. São previamente prevenidas reações potencialmente perigosas, através de um corticosteroide e um anti-histamínico.

Apesar de não poder ser utilizado em pacientes com infecções ativas ou sistemas imunes muito enfraquecidos, a Agência Europeia de Medicamentos concluiu que os benefícios observados com o Ocrevus são superiores aos seus riscos e recomendou a sua autorização na União Europeia. Os estudos sobre este medicamento têm demonstrado que o Ocrevus é eficaz na redução da inflamação.

O resumo do EPAR (European Public Assessment Report), em português, relativo ao Ocrevus pode ser consultado no sítio Internet da Agência Europeia de Medicamentos aqui e o “Relatório público de avaliação de Medicamento Ocrevus (DCI Ocrelizumab) 2020”, do Infarmed, pode ser acedido aqui.

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